Meta admite usar postagens públicas desde 2007 para o treinamento de IA
A Meta admitiu usar textos e fotos disponíveis como postagens públicas em suas redes sociais desde 2007 para alimentar modelos de inteligência artificial. A informação surgiu em meio a uma investigação feita pelo Senado da Austrália, conforme revelou a ABC News na terça-feira (10).
Questionada durante o inquérito, a diretora global de privacidade, Melinda Claybaugh, inicialmente negou que a companhia usa dados públicos desde 2007 no treinamento de IA. Porém, ela mudou a fala quando contestada com evidências pelo senador do Partido Verde, David Shoebridge.
Claybaugh também disse, em outro momento, que a dona do Facebook e do Instagram não rastreia fotos de perfis pertencentes aos menores de 18 anos. Porém, ela explicou ser possível que essas imagens tenham sido usadas em certas condições, como nos casos em que há fotos de crianças em contas de usuários maiores de idade.
Ela, no entanto, não soube explicar se a Meta rastreia contas de adultos que foram criadas quando essas pessoas eram menores. Cabe destacar que a empresa menciona a coleta de postagens e comentários em seu centro de privacidade, mas não revela quando iniciou a raspagem dos dados nem até onde o processo vai.
Opção por não ser rastreado
Usuários do Facebook e do Instagram que vivem na União Europeia podem escolher não permitir a coleta de dados para o treinamento de IA mesmo se suas postagens estiverem disponíveis como públicas. A oferta da opção de exclusão é uma adequação às exigências de órgãos reguladores locais.
O mesmo acontece no Brasil, onde a Meta foi proibida de usar dados de quem mora no país para alimentar seu novo chatbot. Mas no final de agosto, a gigante da tecnologia se comprometeu a disponibilizar a opção de negar a coleta das informações públicas para os brasileiros, conseguindo a liberação para realizar o procedimento